Tether confirma investimento de quase 1 bilhão em mineração de Bitcoin com energia de Itaipu, do Brasil

A Tether, empresa que controla a maior stablecoin do mercado, o USDT, anunciou um investimento de aproximadamente meio bilhão de dólares nos próximos seis meses no setor de mineração de Bitcoin. Parte deste valor será alocado para operações da empresa na mineração de BTC usando energia da hidroelétrica de Itaipu, no Brasil.

Conforme revelou a Tether, a empresa acumulou um excedente de cerca de US$ 3,2 bilhões em dinheiro. Este excedente fiscal permite à empresa realizar o investimento na mineração de BTC concedendo uma linha de crédito de US$ 610 milhões concedida à mineradora de Bitcoin Northern Data AG.

A Tether está construindo instalações de mineração no Uruguai, Paraguai (usando a energia de Itaipu) e El Salvador, com capacidade de cada local variando entre 40 e 70 megawatts.

Paolo Ardoino , novo executivo-chefe da Tether , expressou o compromisso de aumentar sua participação no poder computacional total da rede Bitcoin para 1%. Embora esta meta coloque a Tether no caminho para se tornar uma das 20 maiores empresas de mineração de Bitcoin do mundo, ela também ressalta a profundidade do investimento e da ambição que impulsionam este novo empreendimento.

“Estamos comprometidos em fazer parte do ecossistema de mineração Bitcoin. Quando se trata de expansões, construção de novas subestações e novos sites, estamos levando isso muito a sério. A mineração para nós é algo que precisamos aprender e crescer ao longo do tempo. Não temos pressa em nos tornar a maior mineradora do mundo”, disse o CEO da Tether, Paolo Ardoino.

De acordo com apuração feita pelo Cointelegraph, atualmente toda a infraestrutura está sendo otimizada para receber todos os equipamentos, mas testes com a ASICs já foram feitos e os resultados foram considerados bons.


“O site está caminhando bem, todos da equipe estão super entusiasmados e trabalhando sem parar para iniciar as operações nas próximas semanas”, declarou Ardoino.

Mineração de BTC

A empresa está trabalhando em um software de mineração chamado Moria, que fornece análises de dados sobre a produção de energia em locais de mineração de Bitcoin, principalmente de energia renovável, como a energia gerada por Itaipu (usina binancional que abastece o Brasil e o Paraguai).

“Se a energia utilizada pela fazenda de mineração for eólica ou solar, existem parâmetros de otimização, como a velocidade prevista do vento para um dia específico ou uma hora específica do dia, que podem ser usados ​​para acelerar alguns dos mineradores e aumentar a produção”, disse Ardoino.

O Paraguai tem se tornado o principal centro de mineração de Bitcoin na América do Sul. Em julho deste ano, a canadense Bitfarms anunciou a instalação de uma fazenda nas regiões de Iguazú e Villarrica. A empresa é uma das mais importantes do setor, com um hashrate de mais de 5 EH/s.

Quem também anunciou expansão para o Paraguai foi a americana Sazmining. A fazenda da empresa será instalada próximo à barragem de Itaipu. O roteiro do projeto prevê que a fazenda comece a minerar em setembro, e terá uma capacidade de 5 MW, pelo menos nos primeiros dias.